"E vagueio por estas vidas como mensageiro sem dono, com relatos do que vejo do que sou e do que sonho.
palavra que repetes em cada estrofe fiel, ao que eu sinto, tudo o que vives tudo o que eu vivo num papel"

sexta-feira, dezembro 31

2011.

agora a sério, sem qualquer alcool no sangue eu escrevo aquilo que para mim sera uma despedida de um ano que chegou ao fim. ao lerem isto, guardem para vocês o significado que vos souber melhor, e aquele aperto que sentirem ai dentro, vai ser a certeza de que fiz o meu dever, despedi-me de uma vida que deixou de ser a minha, e fiz-vos sorrir pela ultima vez. Se por entre as minhas virgulas vos cair uma lagrima deixem que ela chegue ao fim do trajecto, e que caia no sitio certo onde concerteza vai deixar uma marca que so o tempo pode apagar, vão saber que para alem de ser sincero esta tudo a ser escrito com corpo e alma para daqui a uns anos, procurem entre todas as coisas más que me encobrem, o motivo que vos fez gostar de mim. Foi o melhor e o pior ano que ja tive, mas sobretudo foi o ano que me fez aprender a viver, e chorei o suficiente para dar valor as minhas lagrimas, sorri em quantidades brutas o que me fez perceber os mil significados dos meus mil sorrisos, conheçi-me a mim propria de uma maneira que nunca achei possivel, e senti no peito a dor de perceber que nunca antes sabia quem era, tive o mundo aos meus pés por mais do que dois segundos, e no terçeiro segundo estava aos pés do mundo, apercebi-me que dar passos maiores que os meus pés davam um péssimo resultado e hoje dou passos com conta e medida certa, tornei-me uma lutadora constante, sozinha e sem dar por isso, acompanhada também. Sinto-me finalmente, bem. Com as pessoas certas, no lugar certo, e a caminhar com os meus passos por um caminho que me pertençe onde finalmente me conheço a 100%. Descobri novas capacidades e a cura para as minhas teimas, dei valor a quem ate hoje nunca tinha qualquer tipo de importancia aos meus olhos, sorri finalmente de uma maneira que ate hoje desconheçia, e ja la vão mil e um sorrisos, agora sei lidar com esta nova descoberta com a cabeça que antes não tinha, e foi sozinha sem nenhuma mão para agarrar que aprendi a viver a vida, da forma mais sincera e dura possivel, é hoje, que mesmo tarde, tento ser a ruth que nunca fui, e digo o meu nome, ha minha maneira, porque este é o meu 2011, á maneira da ruth, a verdadeira ruth, aquela que abandonaram por sitios ate hoje desconheçidos, mas ate isso, eu agradeço. Enterro um assunto que não voltara a ser meu, e não choro por ele, digo-lhe um adeus definitivo com um sorriso gigante. E a medida que o tempo o leva, digo obrigado, e vão á merda, digo com a atitude que nunca tive e a coragem que nunca ganhei, que foi com tudo o que ate hoje, fizeram, que cresci.  E agora sem o peso do mundo nos ombros, foi um 2010 chamado abre-olhos e um 2011 de olho aberto. adeus ( vírgula )

terça-feira, dezembro 28

FUCK.

não tenho muita alternativa, hoje em dia ninguem pensa com a propria cabeça. E de que e que vale a minha palavra se não a tens em consideração? na altura é bonito, é tudo muito sincero mas de que vale a sinceridade se o que as outras bocas falam mandam este e o outro mundo abaixo? acho que de nada, a definição que se tem hoje de sinceridade é conveniência, se me for conveniente ser sincera contigo, eu sou, se não, simplesmente não vale de nada ser sincera, cheguei a pensar assim em tempos, ate aprender que a sinceridade apenas devo aos meus, de que e que me vale ser sincera aos outros se não fazem muito mais do que viver a vida dos outros? sempre ha espera de uma nova novidade, para porem a correr em meio mundo e é de espantar como ainda ficam felizes com isso, aprendi com as lições de vida que tenho hoje, que so aos meus eu devo tudo, mas ate eles teem todo o direito de desconfiar, com cabeça e medida. Pergunto de novo, de que e que me vale, jurar-te que estou a ser sincera, se amanha alguem vai dizer alguma coisa e tu voltas a desconfiar? Frustra-me de todas as maneiras possiveis, dar esforço para nada, para que e que se chora se ninguem simplesmente se importa com as tuas lagrimas? para que e que servem juras de mau e bom? se amanha tu erras deixas de ter alguem do teu lado, e para que e que começas do 0? estas sempre de maos dadas com o passado, é inevitavel tentares ganhar a confiança de alguem com mil e uma bocas sempre a falar ao teu ouvido. Tenho uma novidade para as pessoas que tanto amam, falar, o sinal de stop ja existe e esta bem explicito nas estradas por ai algures, aprendam com ele. Eu sei que errei, ate mais do que uma vez, em criança, e ate em varias fases da minha adolescencia, mas sabem o que e que me faz mais forte? levantar a cabeça e aprender com esses erros, não falar de ninguem, nem com ninguem a não ser em quem confio o suficiente para ouvir as minhas palavras, aprendi o suficiente para saber que se ate hoje aguentei, amanha não vai custar, faz de mim mais forte passar todos os dias de cabeça erguida, e com consciencia daquilo que sou. Muitos passam por liçoes de vida todos os dias, mas poucos são capazes de tirar alguma aprendizagem delas, eu tirei, tornou-me mais sabia passar por todas as que ja passei, e sabem que mais? fuck everyone, people SUCKS! De todas maneiras e mais algumas, e nem que va sozinha, mas sigo em frente sem dar mais palavras a alguem, sem dar mais provas ou juras e promessas, sigo ciente da vida que levo, e consciente dos erros que cometi, para nunca mais os voltar a cometer. Se quiseres vir comigo, tenho todo o gosto em ter-te ao meu lado, se me quiseres julgar, julga-me de longe como e quando quiseres, aponte-me o dedo o primeiro que ate hoje ainda não errou. Julga-me pelo o que sou, e não pelo o que ouves, conhece-me por dentro e por fora e cria a tua própria opinião, aos poucos vais percebendo que os meus erros fizeram de mim uma pessoa melhor, e que o passado que me persegue, não é o presente que eu vivo.

quarta-feira, dezembro 22

é agora?

A vida é como um livro de pintar, variados números com variados espaços, no meio estas tu, recém nascida, pequenina e envergonhada sem saberes muito bem onde estas, és o pincel. ao longo do teu caminho, vai ter muitos buracos pela tua frente, muitos mais daqueles que tu possas estar a pensar, a tua volta tens pessoas que esperam que tu nunca falhes, sejas perfeita em tudo o que fazes, como se, tivesses que pintar direito em espaços mais pequenos que o tamanho do pincel, então tu tentas, mas és puxada para um mundo á parte onde te querem fazer maior do que já és, depende de ti, estares sóbria e ciente da tua personalidade, mas és engolida por gigantes que são mínimos a vista de qualquer pessoa, mas que aos teus olhos são gigantes de trinta metros, aos quais tu queres agradar de todas as maneiras possíveis, la esta, é como se tentasses colorir o teu livro mais rápido do que devias, então tentas ser mulher sem passares pelas varias etapas que precisas para la chegares, e no fim, achas-te feliz, tão demasiado feliz por teres agradado quem querias que começas a dar passos maiores que os teus pés, tentas pintar com vermelho aquilo que devia ser verde, o sol de preto e a relva de azul, cometes erros que na altura te parecem fáceis e sem problemas, das por ti a correr por um caminho que não traçaste e no qual não conheces a tua meta, com os passos gigantes que das, perdes aquilo que os teus pequeninos pés conseguiram no inicio, começas a olhar a volta e a ver vazio, mesmo estando no meio da multidão, das por ti a tentar ouvir a verdade quando tu própria és uma mentira, e finalmente, vês-te ao espelho, procuras no teu reflexo memorias do que eras e só vês pedaços de um desconhecido que sem te aperceberes crias-te, é nessa altura que olhas para o relógio e te apercebes que ele não para, ja é tarde e nada do que tu vês faz sentido, é como se observasses o teu desenho e tudo estivesse trocado, tanto o certo do errado como as linhas dos círculos, a mascara que criaste para ti própria, caí. Aí apercebes-te que dentro dela, estava uma pessoa muito mais bonita daquela que o espelho reflectia anteriormente, cais no chão e choras sobre o leite derramado, desta vez, choras  a sério, não são as lágrimas de crocodilo que deitavas enquanto pedias mais uma oportunidade, choras noite e dias seguidos, lamentas as saudades, reflectes as promessas e aprendes com as lições, percebes perante a confusão que criaste, que não é a vida que te da as tintas para pintares, és tu as que fazes, coloridas e com esperança, bonitas e com futuro, escuras ou sóbrias, sem objectivos ou sonhos, então puxas o cabelo para tras, lavas a cara e vestes as roupas que te fazem sentir confortável, apercebes-te que não há caminho de volta, então pegas no pincel, e em passos de tamanho correcto, vais agora pintar de branco um caminho que antes riscaste sem sentido, devagarinho e sem pressas, vais desenhar em carvão um novo desenho, desta vez, com conta e medida, não vais subir mais do que deves e não vais querer ser mais alta daquilo que deves ser, aos poucos vais ter apoios, vão ser mais mãos a agarrar o teu pincel e a pintar contigo de novo, todos os quadradinhos com as centenas de números mal pintados, e indo contra o impossível de começar de novo, vais aos poucos olhar-te ao teu espelho, e ver o teu reflexo a voltar, o teu verdadeiro reflexo, devagar vais criar a tua própria meta e um dia, olhas para trás, e orgulhaste de ti própria, por enquanto, segura-te a ti mesma e aos que ainda mesmo sendo poucos, acreditam em ti, luta contra ao desejo de voltares a mascara, e dorme sem pesos nos ombros, faz do próximo ano, o teu ano, e com esta lição de vida, ergue-te e vai a luta, aprendes-te que, a vida tem obstáculos que são apenas criados por ti, mas de novo, cabe-te a ti e só a ti, ser ou não derrubada por eles. corre um risco, agarra esta chance, e faz uma mudança, não por alguém, mas por ti, e volta a fazer de um livro para pintar, um livro colorido.